quarta-feira, 13 de abril de 2011

Aurora Desmedida


Pode parecer ilusório, ou até mesmo estapafúrdio, mas desde daquele dia ao invés de não pensar no dia. Nele. Fiquei pensando o tempo todo, talvez fosse frustrante. Ou porque, não fosse algo esperado. Meu peito estava aberto, como posso garantir que está até hoje. Passando horas, dias e meses mantive a minha convicção; a única e até o momento a senha do destino. Destino? Bobagem, nunca fui de acreditar em tal vã filosofia. Estou certa sim; de coincidências ao acaso, algo do gênero, de uma forma desfocada e torta. A ficha não caiu, e talvez fosse mesmo para não cair. Enquanto, isso não acontece; se ao acaso acontecer. Ponho-me a escrever palavras aos que lêem, parecem sopradas ao vento. Não podem ser dispersas, uma vez que estão ou ficam gravadas nesta folha, em seu pensamento; e em uma noite mal dormida. Adormecida e alerta; neste peito que ressona suavemente toda noite. Dia após dia. Velando o teu sono, mesmo distante. Pois, aquela certeza permanece em cada aurora desmedida, por ti.